
O Romeu tem longo histórico, comprovado, analisado e público de diversas idiossincrassias.
Durante anos a fio nem ele soube que padecia de tal problema.
Os médicos fizeram-lhe um sem numero de exames.
Os psicólogos acharam por bem que realiza-se diversos testes, até projectivos.
Os sociólogos debatiam a possibilidade de algum problema cultural.
Os arqueólogos pensaram num povo que tivesse na sua história, estória semelhante.
Os politólogos achavam que era uma facção anárquica desconhecida.
Os advogados aventaram a hipótese de ser crime.
Os matemáticos inventaram formulas e equações para chegarem a algum tipo de conclusão.
Os físicos perderam-se na química.
Os linguistas estudaram e procuraram nas línguas mortas textos alusivos.
Os filósofos arregalavam os olhos com a possibilidade iminente e ilimitada de discussão acerca do assunto.
Fizeram-se tratados, monografias, estudos, textos, peças televisivas e até teatro...
Enfim, toda uma multidão académica e não académica debruçou-se sobre Romeu tentando compreende-lo.
O seu temperamento peculiar que a nenhum outro homem se assemelhava.
A sua fisionomia estranhamente grega e que nada tinha a ver com o Homem de Vitruvio de Da Vinci, a realidade de todos os outros homens.
O seu pensamento lógico.
A sua hipersensibilidade.
As mulheres que por ele passavam e, ao invés de o estranharem rejubilavam em sua presença.
Tudo isto era uma incógnita, não se sabia como, nem porquê, nem onde...
Romeu era uma incógnita física-psicólogica. Um mistério filosófico. Um problema... matemático sem resolução à vista... o primeiro... o único.
Afinal, era verdade -pensou Romeu- também ele surpreendido: Sou mesmo do OUTRO mundo!
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