domingo, junho 27, 2010

E é mesmo...


Tempos houve em que Romeu teve medo de olhar para certas alturas.

Alturas houve que Romeu teve receio de ver determinados tempos.

Depois deixou que todos eles ficassem para trás como que se lhes dizendo: Ei, não tenho nem vergonha do meu passado, nem vertigens nos passos que dei...

Nesse dia, Romeu, sorriu. Verificou que, apesar de ter à sua frente todas as "possibilidades do mundo" para concretizar a verificação de todas as suas desconfianças, não o fez.

Não foi porque era melhor, ou mais desprendido, ou sequer menos "afectivo" do que os restantes...

A sua falta de acção, "interesse!" devia-se a uma e apenas uma condição nova que tinha, recentemente, concluído: Se alguém está comigo é por uma de duas razões:

1- Ou porque quer;

2- Ou porque não encontrou melhor.

Romeu naquele momento de brilhante pensamento não quis ser melhor do que os outros ou, dirão outros, mais tolo mas, quis acreditar que desta ( e um pouco, das outras) vezes que amou, se as coisas não resultaram tal, deveu-se à primeira razão e... raras vezes, à segunda.

Voltou a sorrir... Olhou para os telemóveis, os tais de net-não-sei-quê, faces-não sei-que mais e toda a restante parafernália óbvia e disponível que podia consultar e pensou: Que cansaço! Vou dormir!

Não mais pensou nisso porque sabia que no fim de cada dia... no fim de cada "conta" se tivesse razão esta haveria de se revelar por si só.

Como tal... para quê perder tempo com o inevitável?????

Foi dormir e nunca o sono descansou sobre ele de forma tão sublime como naquela noite.

terça-feira, junho 22, 2010

Eureka...


O Romeu, depois de muito pensar e pouco despender de energias descobriu porque raio tem ciumes, porque chora, porque ama, porque se sente ofendido, porque...

Bom, porque, uma data de coisas... É que o Romeu sente. Pode não ser filho de boa gente mas, teve esse azar em particular. E outro em geral: fala do que sente!

Outros há, que são filhos de boa gente mas não sentem ou se sentem, infelizmente calam. Outros ainda, sentem são filhos de boa gente mas, só vêm o seu umbigo, por isso, só sentem o seu ciume, o seu choro, o seu amor... e tal...

O Romeu, vai pagar caro os seus erros... já os começou a pagar, aqui e ali...

Não deixa contudo, cair no esquecimento a seguinte pergunta: "E quando pagarão os outros pelos seus erros?"

O Romeu já se (re) sentiu mais. Hoje encolhe alegremente os ombros e segue em frente. Sim porque atrás, inevitavelmente, vem sempre gente... que normalmente, não interessa!

quinta-feira, junho 17, 2010

Faz tempo...


O Romeu em novo, descobriu que era rapaz relativamente inteligente e culto, nada de modelo da Armani mas com um "palminho de cara" interessante.

Não tinha perseguições de fãs é certo mas tinha efectivamente, as raparigas que sempre quis.

Hoje que está um pouco mais velho, o Romeu questiona-se: Mas então e de onde brotaram estes ciumes????

O Romeu, sabe que é ciumento, só não sabe é porquê e de que pedra saíram...

terça-feira, junho 15, 2010

A primeira...


A primeira vez que o Romeu se perdeu... de amores... tinha 15 anos.

Alguns dirão: muito cedo, rapaz despachado! Outros: eh lá, um bocadito atrasado! O Romeu, não se importa. Desabrochou quando achou que devia e a coisa até nem correu mal.

O seu nome era Rita e tinha um belo sorriso. O factor Rita (e não Julieta) podia ter sido determinante mas, não! O Romeu deixou-se encantar pelo o seu sorriso e podia passar horas a olhar para as mãos de Rita que achava simplesmente graciosas sempre que acompanhava uma palavra com um gesto.

No inicio as coisas correram bem: tinham muitas conversas para partilhar, muitos por-de-sol para "abraçar" naqueles fins de tarde luminosos e quentes que se faziam no Verão e, acima de tudo, passavam horas, literalmente, em festas prolongadas pela noite fora em que nem um beijo era trocado... não fazia mal, nenhum se incomodava com isso.

O Verão acabou mas, o namoro não. Escreviam longas cartas um ao outro como se nunca mais se fossem ver mas, quando regressados à cidade, percorriam longas distâncias para estarem nem que fosse apenas 30 minutos juntos.

Durante 8 meses foi assim... um idílico paraíso sem ponta de maldade ou contacto físico mais intimo.

Até ao dia em que a mãe de Romeu descobriu o namoro e a mãe de Rita a avisou dos "trabalhos" de um amor proibido.

O namoro acabou quase que de imediato. Só muitos anos mais tarde é que o Romeu, que ainda hoje é amigo do seu primeiro "amor", veio a descobrir que a razão para tal ruptura estava acente no medo que Rita sentiu após ter escutado a doutas palavras da sua mãe.

Na altura, não obstante, Romeu sofreu. Chorou e abandonou-se ao acaso e ao olhar perdido que manteria até hoje.

domingo, junho 13, 2010

Como se perdeu o Romeu!


Era uma vez um rapaz, simples, que se chamava Romeu!

Teve uma infância feliz, uma adolescência complicada e um inicio de vida adulta, assaz peculiar.

Romeu, durante toda a infância e adolescência procurara a sua Julieta... sempre que a encontrou, perdeu-a para outro ou, por vezes, tal era a sua sina, para outros.

Romeu, nunca perdeu a esperança e cada Julieta era vista como um amor - aliás, o Amor - renovado.

Chegou à idade adulta e com ela, o inevitável casamento... Romeu casou mas, nunca muito convencido... pois se o seu nome nem era Julieta, como poderia tal "contrato" dar certo? Romeu tinha razão! O contrato, como os tempos eram modernos, deu em divórcio... amigável mas, divorcio, não obstante.
Dessa união, ganhou apenas, duas coisas: juízo e uma casa, simples e modesta, ao seu molde e feitio!

O Romeu, não se ficou, olhava para o seu passado muitas vezes mas, acima de tudo exigia um futuro mais risonho, com uma Julieta, mas desta feita sério! nada de "aldrabices"! estava cansado e não estava mais novo...