Tempos houve em que Romeu teve medo de olhar para certas alturas.
Alturas houve que Romeu teve receio de ver determinados tempos.
Depois deixou que todos eles ficassem para trás como que se lhes dizendo: Ei, não tenho nem vergonha do meu passado, nem vertigens nos passos que dei...
Nesse dia, Romeu, sorriu. Verificou que, apesar de ter à sua frente todas as "possibilidades do mundo" para concretizar a verificação de todas as suas desconfianças, não o fez.
Não foi porque era melhor, ou mais desprendido, ou sequer menos "afectivo" do que os restantes...
A sua falta de acção, "interesse!" devia-se a uma e apenas uma condição nova que tinha, recentemente, concluído: Se alguém está comigo é por uma de duas razões:
1- Ou porque quer;
2- Ou porque não encontrou melhor.
Romeu naquele momento de brilhante pensamento não quis ser melhor do que os outros ou, dirão outros, mais tolo mas, quis acreditar que desta ( e um pouco, das outras) vezes que amou, se as coisas não resultaram tal, deveu-se à primeira razão e... raras vezes, à segunda.
Voltou a sorrir... Olhou para os telemóveis, os tais de net-não-sei-quê, faces-não sei-que mais e toda a restante parafernália óbvia e disponível que podia consultar e pensou: Que cansaço! Vou dormir!
Não mais pensou nisso porque sabia que no fim de cada dia... no fim de cada "conta" se tivesse razão esta haveria de se revelar por si só.
Como tal... para quê perder tempo com o inevitável?????
Foi dormir e nunca o sono descansou sobre ele de forma tão sublime como naquela noite.