
A primeira vez que o Romeu se perdeu... de amores... tinha 15 anos.
Alguns dirão: muito cedo, rapaz despachado! Outros: eh lá, um bocadito atrasado! O Romeu, não se importa. Desabrochou quando achou que devia e a coisa até nem correu mal.
O seu nome era Rita e tinha um belo sorriso. O factor Rita (e não Julieta) podia ter sido determinante mas, não! O Romeu deixou-se encantar pelo o seu sorriso e podia passar horas a olhar para as mãos de Rita que achava simplesmente graciosas sempre que acompanhava uma palavra com um gesto.
No inicio as coisas correram bem: tinham muitas conversas para partilhar, muitos por-de-sol para "abraçar" naqueles fins de tarde luminosos e quentes que se faziam no Verão e, acima de tudo, passavam horas, literalmente, em festas prolongadas pela noite fora em que nem um beijo era trocado... não fazia mal, nenhum se incomodava com isso.
O Verão acabou mas, o namoro não. Escreviam longas cartas um ao outro como se nunca mais se fossem ver mas, quando regressados à cidade, percorriam longas distâncias para estarem nem que fosse apenas 30 minutos juntos.
Durante 8 meses foi assim... um idílico paraíso sem ponta de maldade ou contacto físico mais intimo.
Até ao dia em que a mãe de Romeu descobriu o namoro e a mãe de Rita a avisou dos "trabalhos" de um amor proibido.
O namoro acabou quase que de imediato. Só muitos anos mais tarde é que o Romeu, que ainda hoje é amigo do seu primeiro "amor", veio a descobrir que a razão para tal ruptura estava acente no medo que Rita sentiu após ter escutado a doutas palavras da sua mãe.
Na altura, não obstante, Romeu sofreu. Chorou e abandonou-se ao acaso e ao olhar perdido que manteria até hoje.
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