Romeu acordou renovado, aquele amor adulto tinha-o encontrado e Romeu, desta feita, não tinha virado costas, respondido mal, ser sarcástico ou sequer, olhar com humor corrosivo.
Romeu, abriu os olhos e sorriu, apenas isso, sorriu. Abriu bem os olhos, viu para além dos raios da manhã, das "ramelas" nocturnas e da já conhecida miopia.
Romeu sorriu.
A idade adulta tinha-o apanhado. Quase de surpresa não fosse Romeu estar tão preparado e carente pela espera.
O amor também.
Romeu só não sabia o que dizer para além de ter o sorriso, que agora raiava o tolo.
Romeu estava tolo de sorrir. Deu-se conta que só os tolos se riem, porque de facto, só quando dizemos coisas verdadeiramente tolas é que rimos.
Romeu ria e não conseguia parar de o fazer. Incorria no sério risco de ser mal interpretado.
Colocou o seu ar mais composto de seriedade... e ainda assim, como uma flor que esperou toda uma Primavera para florir, o sorriso de Romeu despontou em crescendo como se uma opereta Mozartiana se trata-se...
E riu... e riu...
Já estava com os abdominais em pleno esforço quando lhe ocorreu o seguinte pensamento:
E rir é mau?