
O Romeu, quando era novo era um pequeno deísta...
Mais velho, começou a achar que a Julieta era o seu deus...
Nenhum destes pensamentos se revelou como certo.
O Romeu sente-se sempre como um garoto a olhar um majestoso pedestal: qualidades majestosas, possibilidades infinitas...
O universo está, naqueles braços que segura ternamente durante a noite, no olhar carinhoso com que olha a pessoa amada...
Rilke, afirmou um dia, numa das suas cartas, que a única forma de se manter um casamento seria sempre pelo movimento de separação-reconciliação.
Mais velho, começou a achar que a Julieta era o seu deus...
Nenhum destes pensamentos se revelou como certo.
O Romeu sente-se sempre como um garoto a olhar um majestoso pedestal: qualidades majestosas, possibilidades infinitas...
O universo está, naqueles braços que segura ternamente durante a noite, no olhar carinhoso com que olha a pessoa amada...
Rilke, afirmou um dia, numa das suas cartas, que a única forma de se manter um casamento seria sempre pelo movimento de separação-reconciliação.
Romeu adora ler Rilke e acha-o um verdadeiro escritor... Não concorda, porém, com esta afirmação do seu escriba tão admirado.
O Romeu só quer mesmo é não se separar ainda que compreenda que por vezes, nessa ânsia de não-separação acabe por ser mal interpretado e muitas vezes a separação se torne implacavelmente desejada.
Por vezes, Romeu, só desejava não ter constantemente as lágrimas nos olhos.
Não ter de se separar.
Não ter de perder parte de si, todo o outro.
Ver as rugas na cara do outro surgirem.
Adivinhar-lhe os cabelos brancos...
De poder dizer: estivemos uma vida inteira juntos e teremos outra para ficar perto um do outro.
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